terça-feira, junho 12, 2012

Imersão no Soprador do Carvalho

Festa da Espeleo, Dia 1 de 4

Dia de viagem, de apresentações (és da AESDA, és do GEM, ficaram confusos os moços) e de imersão, literal, no sistema espeleológico do Dueça. Quase não houve tempo para respirar, já que logo após a montagem da tenda e antes mesmo de percebermos como seria o dia, ouvimos dizer "en passant" que iam montar uma escada no sector do Altar no Soprador do Carvalho.
Foi música para os nossos ouvidos e cinco minutos depois já estávamos prontos, eu e o Nuno, para acompanhar o Gustavo do GPS que liderou uma pequena equipa.
A entrada é um mimo, sobretudo pelo magnífico exemplar de Quercus faginea que dá o 2º nome à gruta. Julgo que justificava a classificação como árvore de interesse público o que (se é que ainda não foi feito), daria ainda mais valor ao conjunto. Na base do poço de acesso, que resultou da desobstrução de um pequeno buraco, o soprador, que está protegido por um pequeno abrigo fechado, e depois de uma passagem baixa abriu-se a galeria do rio Dueça e foi o delírio. As dimensões da galeria, a comodidade da progressão e a sensação de entrar num ambiente ímpar em Portugal fizeram o seu efeito.
A galeria do rio Dueça. Ampla e larga em quase toda a sua extensão. Foto de Marta Borges numa outra saída.
O Gustavo pelo seu lado mostrou-nos bem de que fibra é feita a malta do Sicó. 5 Estrelas , simpatia e muito companheirismo. Ficamos logo ali a perceber que os dias do encontro seriam, de facto, palco de muitas actividades especiais.
Percorremos toda a galeria até ao sifão terminal, um belo lago subterrâneo de água límpida e apetecível, mas que aparentemente, tem sido impossível de transpor. A progressão é simples, sobretudo com o nível de água tão baixo, embora o meu desconhecimento ainda me fizesse hesitar e recear entrar num qualquer buraco que pudesse existir pelo caminho. Não os há, e apenas nas curvas mais apertadas do rio se tinha de ter cuidado para evitar zonas mais fundas.
 
Deve ser engraçado visitar a gruta com um pouco mais de água e sentir ao vivo a força que esculpiu a galeria. Está ali muito trabalho de exploração.




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