quarta-feira, março 21, 2012

Vida dura no campo

Participei no ultimo fim de semana em mais uma actividade de prospecção e exploração de cavidades numa das novas áreas alvo do grupo. Durinho qb, já que estes buracos, que o são apenas potencialmente, não se revelam com facilidade.

O primeiro, um pequeno algar cuja exploração está no inicio, muito obstruído, deu-me para mais de uma hora de trabalho duro. É um pequeno algar, que promete uma continuação na sua base, mas que está totalmente obstruído. Baldes de terra e pedras de dimensões razoáveis foram sendo retiradas até chegar ... a um bloco que nem que eu comesse os espinafres do Popeye de lá saía. Depois de algum tempo a dar no duro, deixei o trabalho para os restantes e saí para arejar.


Lá fora novamente, resolvi explorar as redondezas. A zona é muito bonita, com uma vegetação muito interessante e com muitos motivos de interesse. Sensivelmente 10m ao lado vejo um pinheiro derrubado e na sua base ... um buraco, grande. Nem queria acreditar.

Andei eu a tirar terra e pedras e aqui a 10m tenho uma gruta. Fiz uma exploração rápida para ver se valia a pena chamar os outros que estavam a tentar tirar o bloco que impede a continuação no primeiro buraco e de facto, valia a pena.  A gruta apesar de ser conhecida (algumas estalactites partidas provam-no) tem uma continuação possível, a que nós dedicamos o resto do tempo disponível. Progredimos cerca de seis metros num meandro estreito e registamos os trabalhos como a necessitarem de continuação. Deixo aqui os meus desenhos de campo: um esboço da planta e dois perfis.

Esta gruta deve ter estado tapada durante algum tempo. Provavelmente a queda do pinheiro (na sequência de um fogo?) provocou o desabamento dos detritos que obstruíam a entrada. Vai precisar de olhos bem mais experientes que os meus para que os seus segredos sejam totalmente desvendados. Mas se eu continuar a descobrir buracos a este ritmo ...

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