A minha 1ª visita à Arroteia deixou marcas. Por isso, desta vez, apesar de ter o curso de nível II no papo e de ter melhorado a técnica de subida, já ia bem preparado mentalmente para a subida final de 47m. Coisa pouca para alguns, mas ainda assim, desafiadora para mim.
Depois de mais de 8 horas de exploração na galeria fóssil e com a adrenalina a subir posso dizer que estou pronto para o próximo nível. As subidas e descidas na corda, com desviadores e fraccionamentos já não me colocam qualquer tipo de problemas.
O que me impressiona nesta parte da Arroteia é a verticalidade da galeria. Paredes muito altas, lisas, com poucas formações, permitem uma progressão fácil e arejada.
Ao contrário do que acontece no inicio da galeria em que temos de progredir apertados e que é uma verdadeira armadilha para material. A meio da galeria deixei cair uma corda, que parvamente não ia dentro de um kitbag, que só parou 5m lá em baixo numa fenda inacessível. Com muito engenho eu e o Nuno demos uso aos protectores de corda da Petzl e lá conseguimos recuperar a corda ... são estas coisas que nos relembram sempre que a concentração nestes ambientes deve estar no máximo ... sempre.
Por falar em apertado, no regresso, surgiu-nos pela frente na sala terminal a entrada da galeria inferior que liga as duas salas e que costuma estar inundada. Como só tinha água nos pés, fizemo-la toda. Aqui tivemos alguns apertos laterais mas é uma galeria bem divertida.
A Arroteia terá decerto mais visitas!
Ressalto de 3m na sala final |
Sala da corda antiga |
This is the end! |
Equipa: António Devile (equipagem); Nuno Rodrigues, Telmo Miguel e Paulo Lopes (sherpa de mãos de manteiga).
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