Este Algar, o da Sardanica, tem uma entrada invejável, de dimensões fartas e acesso fácil e quando soube que era este o alvo da minha ultima saída do ano de 2012, fiquei com a sensação imediata que iria acabar o ano com um recorde.
O grupo que desceu incluía o António Afonso (que equipou), o Nuno e a Beatriz.
António Afonso a equipar a entrada. Os sombras esperam. |
A entrada no algar é das mais suaves que já fiz. Nada de apertos e de equilibrismos, apenas uma aproximação fácil, que dá para um poço de 56m e que não se desce completamente, já que o acesso ao segundo poço se faz numa plataforma sensivelmente perto dos 45m.
As duas topografias que possuímos têm alguns anos entre ambas. A primeira publicado em Thomas (1985) e a segunda na edição nº118 da Spéléoc .
O Algar devia ser de equipagem fácil. Afinal, trata-se de uma clássica, bem conhecida (?) e em que os locais de amarração seriam fáceis de reutilizar. Mas o facto é que a utilização de spits oxidáveis dá cabo daquilo tudo. A maioria estava intragável pelo que foram em alguns locais colocados spits/pernes inox novos (sempre que se tornou impossível utilizar os antigos).
Seja como for, quer a descida quer a subida revelou-se fácil e o cafezinho no fundo do algar serviu para comemorar o meu primeiro -100 (ou lá muito perto) pelo que fica aqui a foto que marca a ocasião.
A ficha da equipagem executada é a seguinte (a nomenclatura é a utilizada em CEAE 2012. Algar-dos-carvalhos-ficha-de-cadastro)
Entrada: PB 10 para corrimão de acesso, corda de 60m;
Zona: Poço Superior (56m)
P30: CP, 1 tige + 1S em Y; Um desviador colocado numa tige no lado oposto da boca do algar permite evitar roçamentos.
P15: CP, 2S em Y (a -30m aproximadamente, na parede lateral da base de uma rampa no P56).
CM4: CP, 1PB (na plataforma a -45m)
P6: 2PB 8mm em Y
Zona: Poço Inferior (52m, descida efectuada através da galeria lateral)
CM3: CP, 1PB 8mm + 1 S
P52: C60, 2S em Y