Nas duas visitas anteriores que fiz ao Mindinho, o que mais me atraiu e impressionou, foram as duas cavidades no topo da encosta de Minde ou Penas do Mindinho, e que muito adequadamente chamam de as Ventas do Diabo. Desta vez, decidi guardar um dos dias dedicado às campanhas do Mindinho para subir até lá cima e realizar uma breve prospecção. Dizendo-o de outra maneira, para passear e desfrutar.
Assim no sábado, 1º dia do Mindinho Campus lá fui, sob o olhar de gozo dos restantes que ficaram á sombra da Azinheira enquanto a bomba trabalhava sozinha, GPS na mão e com um único objectivo: Vencer a encosta acentuada, visitar as buracas e realizar alguma prospecção espeleológica.
Vista clássica. Lá em baixo, trabalha-se. |
As buracas, logo que se atingem, impressionam pela dimensão. São de facto duas cavidades bem grandes embora não tenham uma continuidade para o interior de expressão significativa. São altas, largas e bem arejadas. São um oásis para andorinhas, andorinhões, pombos bravos e, muito provavelmente, rapinas nocturnas, que nidificam nas reentrâncias das paredes e tecto.
Quando estava na buraca maior, do seu lado direito, percebi uma passagem, resultante de uma derrocada e que subi até onde era possível. Nunca tinha estado num local com uma corrente de ar tão grande. Parecia um túnel de vento. Quando saí, decidi subir (escalar) a vertente das ventas por forma a encontrar uma eventual origem deste ar. De facto a meia encosta, desviado para a direita e depois de alguma ginástica, surgiu-me um algar (que designei por IP10) com uma boca de sensivelmente 1,5m e com descida vertical visível de 12/15m. Estava sozinho e a vertical era directa, sem apoios, pelo que me limitei ao registo.
O problema é sempre o mesmo. Não existem marcas de registo, spits, nada. Virgem? Quem pode saber? Será que é assim tão difícil surgir um esquema de marcação nas bocas dos algares de forma a que não seja possível a sua confusão? Por mim, marco todos. Por mim, marcava todos. Não gostam, apaguem!
A minha marca, apenas colocada nos que eu identifico em acções de prospecção tem a seguinte característica. São amarelos ou brancos (uso tinta de topógrafo, FIXOLID, fácil de retirar se necessário) com IP.xx em que xx é uma numeração sequencial que eu mantenho nas minhas observações. A marca é discreta e pequena, mas permite uma fácil identificação na aproximação. Não consigo entender o secretismo à volta das marcações, não consigo entender a enorme confusão que existe à volta da identificação e da partilha de coordenadas e pessoalmente enquanto me dedicar à espeleologia não contribuo para esse peditório (a não ser que me façam jurar segredo e me ameacem excomungar das associações com quem costumo realizar saídas de campo).
No campo base, junto ao Mindinho, fiz o relatório e descrevi o IP.10 ao Orlando, que me falou de outros mas já no topo da crista e não na encosta. Incluindo um que acede ao tecto da segunda buraca, a maior, no que deve ser uma magnifica exploração. Quer isto dizer que na próxima saída ao Mindinho, vou ter de arranjar companhia para mais uma ascensão às Ventas do Diabo. Explorar e topografar o IP.10 e descobrir rapidamente o IP.12. O IP.11 é um buraquito no meio do lapiás, mas aprendi a não negligenciar buraquitos!
Outros temas de interesse neste passeio e que valem a pena referir e visitar são: a dolina de abatimento no topo da crista, enorme e que tem uma magnífica azinheira no seu interior, mesmo ao centro; o Penedo Padrão, um Mega Lapiás de dimensões bem grandes e a grande quantidade de sementes de Rosa Albardeira que colhi.
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O problema é sempre o mesmo. Não existem marcas de registo, spits, nada. Virgem? Quem pode saber? Será que é assim tão difícil surgir um esquema de marcação nas bocas dos algares de forma a que não seja possível a sua confusão? Por mim, marco todos. Por mim, marcava todos. Não gostam, apaguem!
A minha marca, apenas colocada nos que eu identifico em acções de prospecção tem a seguinte característica. São amarelos ou brancos (uso tinta de topógrafo, FIXOLID, fácil de retirar se necessário) com IP.xx em que xx é uma numeração sequencial que eu mantenho nas minhas observações. A marca é discreta e pequena, mas permite uma fácil identificação na aproximação. Não consigo entender o secretismo à volta das marcações, não consigo entender a enorme confusão que existe à volta da identificação e da partilha de coordenadas e pessoalmente enquanto me dedicar à espeleologia não contribuo para esse peditório (a não ser que me façam jurar segredo e me ameacem excomungar das associações com quem costumo realizar saídas de campo).
IP.11. acede a uma câmara de 2/3m2. Não vi continuação |
Outros temas de interesse neste passeio e que valem a pena referir e visitar são: a dolina de abatimento no topo da crista, enorme e que tem uma magnífica azinheira no seu interior, mesmo ao centro; o Penedo Padrão, um Mega Lapiás de dimensões bem grandes e a grande quantidade de sementes de Rosa Albardeira que colhi.
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